quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Voltando do Cativeiro

Queridos, seis meses em Curitiba. Para quem sabe da minha vida, das minhas batalhas, pode imaginar como deve estar sendo diferente este último semestre.

Um recomeço em terra que já habitei no passado mas de onde estive distante por tanto tempo.

Conscientemente ou não, estive lendo alguma coisa na Bíblia a respeito da volta do cativeiro babilônico em que apenas quarenta e poucos mil (dos 3 milhões que chegaram do Egito) ainda podiam ser chamados de judeus.

Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.

Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.

Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.

Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.

Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.

Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. Sl 126

Importante, muito importante este último versículo.

Quem não desiste de carregar a "semente" não importando o seu peso, quem não deixa-a pelo caminho para seguir uma trilha mais fácil, quem não empaca e desiste da caminhada...

Carregar, caminhar, chorar...

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lc 9:23

Carregar o peso de sua própria cruz, de sua própria salvação, das atribulações e tentações que estarão presentes. Caminhar sem parar, sempre caminhar em direção ao alvo maior - seguir ao Senhor Jesus. Fazer isto ainda que chorando, é necessário que seja negando as suas próprias vontades, os seus pecados, o seu egoísmo, a sua perdição.

E, claro, vigiando a todo o momento, evitando a todo o custo sair da graça, voltar à iniquidade, para que a liberdade, a volta, a vitória, a alegria seja concedida.

Em Esdras 5 e 6 é mostrada uma contenda por espaço entre o povo que retornava do cativeiro e aqueles que estavam ocupando o lugar. Construção paralizada, anos que passam, nada ocorre, povo desanimando, objetivos sendo abandonados, lideranças sendo contestadas, cartas vão e voltam.

O rei Dario, então, procura algum "documento oficial" do império babilônico (repare, documento oficial do escravizador, do tirano) que resolva a questão.

Encontra, em Acmeta, um velho pergaminho que não só legitima a reconstrução como também traz, em detalhes, todas as especificações das edificações, denominando o local como "A casa de Deus, em Jerusalém" !

Documento da Babilônia ! Ofício do inimigo !!! Registrado no cartório do conquistador !

Estes escritos mostram inequivocamente que aqueles que retornavam da escravidão tinham predominância sobre as áreas em julgamento. Discussão encerrada !

Os "molhos" foram trazidos, mostrados, e consumidos. Graças a Deus.

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